Gêneros textuais: Jornal impresso x Jornal on-line & Revistas
Postado por Pibid Letras Otão , quinta-feira, 30 de junho de 2011 10:26
Boa tarde alunos!
Faremos uma atividade que consiste em definir o gênero Jornal. Após , iremos diferenciar os jornais impressos dos jornais on-line. Para finalizar, faremos um contraponto com o gênero Revista.
Bom trabalho!!!
RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - Na última semana leitores do Rio e, principalmente, os jornalistas do país inteiro, ficaram tristes por não ter mais o 'Jornal do Brasil' nas bancas. Acabou o impresso. Agora só pela internet. Muito se especulou, e várias foram as hipóteses levantadas a respeito do fim de um dos jornais mais importantes do país.
Há dois dias, outra surpresa: a informação era de que um dos jornais mais importantes do mundo, o 'New York Times', seguiria o mesmo caminho do primo pobre. Esse porém, não adiantou datas.
Eu, particularmente, e ousadamente, vejo coisas que os executivos destas grandes empresas não vêem. E, com certeza, estes mesmos executivos vêem coisas que estão longe do meu campo de visão e por que não dizer do campo da minha compreensão também.
Defendi há algum tempo, em tese de monografia, a vida longa aos jornais impressos e, retirei meio empoeirado, de uma gaveta apelidada de limbo, o trabalho apresentado naquela época(2006).
Entre os meus argumentos eu dizia: "Os jornais impressos têm credibilidade e são tangíveis: podem ser recortados, embrulhados, guardados e relembrados e por mais que as telas de computadores sejam flexíveis, não terão a capacidade de serem dobradas e levadas para toda a parte." Neste trecho, acho que fui mal. Aliás, olhando para o iPad, iPhone, Kindle e outros equipamentos da mesma leva, fui péssimo.
Mas proseegui: "Os jornais são amplos e envolventes, fáceis de esquadrinhar, ao contrário dos menus e sumários das versões on-line. São eficientes, num único olhar o leitor consegue captar o que é relevante ou não, numa narrativa que lhes é própria". Mantenho o parágrafo.
E para não me estender, toquei em um ponto que os jornais atuais estão deixando de fazer gradativamente: análises e grandes reportagens. Dizia eu na oportunidade: "Há algumas décadas o jornal enfrentou concorrência semelhante [à Internet] com a televisão. Pensou-se que seria o fim, mas ao contrário, a televisão mostrou-se limitada e superficial. Os fatos ganharam dimensão, animação, presença, cor, mas a profundidade coube ao jornal impresso." E aí, acertei em cheio.
O diretor executivo da Associação Nacional de Jornais, Ricardo Pedreira, me disse em uma conversa que tivemos sobre o fim do Jornal do Brasil, que "os jornais impressos ainda teriam vida longa". Eu concordo em partes. E aí, digo com absoluta certeza, que as edições impressas dos jornais estão chegando ao fim porque os jornais não lêem os seus leitores. Ainda cabe ao jornal impresso a análise e o aprofundamentos dos fatos. E muitos deles estão deixando isso se perder.